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– Nosso trabalho, é claro, é encontrar tratamentos complementares para erradicar a infecção. Acho que não é impossível fazer isso em questão de alguns anos. Assim, espero assistir ainda durante minha vida à erradicação, se não da epidemia de Aids, pelo menos da contaminação... Isso pode ser conseguido – disse Montagnier.
Montagnier e Françoise Barre-Sinoussi, do Instituto Pasteur, dividiram metade do prêmio de 2008 pela descoberta do vírus que matou 25 milhões de pessoas desde o início dos anos 1980. Não existe cura para a Aids, que contamina estimadas 33 milhões de pessoas no mundo, mas coquetéis de medicamentos podem controlar o vírus e conservar a saúde dos pacientes. Tampouco existe uma vacina, embora pesquisadores estejam tentando descobrir vacinas que impeçam a contaminação com o vírus ou o controlem, para que os pacientes tenham menos chances de transmiti-lo a outras pessoas --algo conhecido como vacina terapêutica.
O cientista alemão Harald zur Hausen, da Universidade de Duesseldorf, recebeu a outra metade das 10 milhões de coroas suecas (1,2 milhão de dólares) do prêmio, graças à descoberta da causa do câncer cervical. Os três cientistas disseram que, desde o anúncio do prêmio, no início de outubro, vêm dando entrevistas constantemente e conversando com líderes mundiais.
– Evidentemente existe entre muitos políticos e algumas outras pessoas a idéia de que a gente sabe tudo, o que obviamente é bobagem. Mas não podemos ignorar isso – disse zur Hausen.
Barre-Sinoussi, que viera do Senegal, onde tivera uma reunião com o presidente do país africano, concordou.
– Minha impressão é a mesma. Acho que temos a responsabilidade de tentar exercer uma influência, especialmente junto aos políticos – disse.
A cientista teme que a crise financeira global possa levar alguns países a diluir seu compromisso em combater doenças como Aids, tuberculose e malária, e disse que é importante os vencedores do Nobel tentarem fazer bom uso de sua influência.
Por Redação, com agências internacionais - de Londres